domingo, 13 de outubro de 2024

PROMESSAS E NADA MAIS

A recente mudança na política de cobrança de bagagens despachadas da Gol tem gerado muita insatisfação entre os passageiros. Sem um anúncio amplo, a Gol ajustou seus preços para o despacho de bagagens, e esses valores podem chegar a 600 reais em voos internacionais para os Estados Unidos. Isso foi descoberto por meio de um relato de um passageiro, e o valor é considerado excessivo, especialmente para uma peça de bagagem.

Nos voos domésticos, o cenário não é muito diferente. O despacho de uma mala pode custar até 160 reais, o que, em muitos casos, ultrapassa o valor de uma passagem promocional. Em promoções da própria Gol ou da Latam, encontramos passagens entre 120 e 160 reais, o que torna essa cobrança ainda mais desproporcional e frustrante para os consumidores.

Promessas não cumpridas e o impacto no consumidor

Quando o governo autorizou as companhias aéreas a cobrarem pela franquia de bagagens, havia a promessa de que as passagens se tornariam mais baratas. No entanto, essa promessa não foi cumprida. As tarifas continuam elevadas, e os consumidores estão pagando mais por menos serviços. Essa situação é agravada pela falta de concorrência no mercado aéreo brasileiro, que continua altamente concentrado entre poucas empresas, limitando as opções para os passageiros.

Essa concentração de mercado prejudica diretamente o consumidor, que se vê refém das políticas das poucas companhias que dominam o setor. As empresas aéreas, praticamente sem concorrência, têm liberdade para aumentar preços e criar novas regras, com pouca ou nenhuma intervenção regulatória que proteja o passageiro.




Judicialização e a falta de proteção ao consumidor

Além da questão das bagagens, há um forte movimento no setor aéreo para restringir a judicialização. As companhias aéreas, constantemente alvo de ações judiciais por falhas na prestação de serviços, tentam limitar as penalizações impostas pela Justiça. Elas estão buscando uma proteção extra para fugir das indenizações que muitas vezes são justas e necessárias para compensar os prejuízos dos passageiros.

Esse movimento evidencia o quanto as companhias aéreas brasileiras estão focadas em maximizar lucros, mesmo às custas da experiência do cliente. Em vez de melhorar o serviço ou ajustar suas políticas para evitar problemas, as empresas preferem correr o risco de enfrentar processos judiciais, sabendo que muitos passageiros acabam não buscando seus direitos.

Fique atento!

Na sua próxima viagem, é importante estar ciente das mudanças nas regras de bagagens. Dependendo do destino, o despacho de uma mala pode custar até 600 reais, um valor que representa quase metade do preço de uma passagem promocional para a América do Norte. Além disso, no mercado doméstico, essa cobrança pode facilmente encarecer sua viagem, tornando-a mais onerosa do que o previsto.

Portanto, é fundamental que os passageiros fiquem atentos às novas regras e considerem

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